El Niño

EL Niño: Aquecimento do pacífico

    A dinâmica climática global está longe de ser plenamente esclarecida. Atualmente, a pesquisa científica utiliza modelos matemáticos e sofisticados e poderosos computadores para investigar as complexas relações termodinâmicas entre a atmosfera, a hidrosfera e a superfície da crosta. Um dos desafios mais importantes é compreender as influências dos oceanos sobre os climas. A importância desse tema fica evidenciada pelo fenômeno El Niño, que repercute em escala global.

    O El Niño caracteriza-se por um aquecimento superior à media das águas superficiais do Oceano Pacífico, nas suas porções leste e central.

    A instalação do El Niño evidencia-se no início do verão, quando as águas frias da Corrente de Humboldt, nas costas peruanas, são interceptadas por águas quentes que vêm do norte e do oeste. Na década de 1990, ocorreram três episódios do El Niño (em 1991-92, 1993-94 e 1997-98). Os registros das variações do El Niño, desde o final da década de 1950, possibilitaram cartografar o fenômeno.

Dependendo da intensidade e duração do aquecimento da água do mar, os episódios de El Niño podem ser classificados como sendo fracos, moderados e fortes. O fenômeno costuma alterar vários fatores climáticos regionais e globais como, índices pluviométricos (em regiões tropicais de latitudes médias), padrões de vento e o deslocamento de massas de ar.

    O fenômeno ocorre também com sinal invertido. O Anti-El Niño, também denominado La Niña, caracteriza-se pelo resfriamento anormal das águas do Oceano Pacifico. Os registros de episódios La Niña, desde o final da década de 1950, resultaram em um mapa que revela variações médias de até 1,5 °C nas temperaturas do Pacifico tropical.

    O La Niña parece ser menos frequente que o El Niño. Ele também tem repercussões importantes para as atividades humanas, embora seus efeitos sejam menos intensos que os do El Niño.

                                                                                                                                                                                                
(Mapa climático indicando o aquecimento nas águas do Pacífico Equatorial.)

                                                                                                                                            
   Impactos do fenômeno no Brasil e no mundo 

     Em função do volume intenso e da vasta superfície do Pacífico, o fenômeno regional adquire dimensões continentais ou globais, alterando padrões climáticos nas Américas, Ásia, Oceania e África.

    Os ventos passam a soprar com menos força na região central do Oceano Pacífico, ocorrendo o acúmulo de águas mais quentes do que o normal na costa oeste da América do Sul. Em 1997, a pesca nas costas do Peru foi prejudicada, causou chuvas torrenciais no Meio-Oeste dos Estados Unidos e no Centro-Sul do Brasil, intensificou a seca no Nordeste brasileiro e contribuiu para provocar incêndios florestais na Ásia. Portanto, as anomalias climáticas associadas ao fenômeno El Niño são desastrosas e provocam sérios prejuízos sócio-econômicos e ambientais. Abaixo é possível visualizar os impactos ambientais do El Niño na América do sul e as influências climáticas.

(Impactos do El niño na América do sul.)

                              (Influência climática do EL niño)

  Curiosidades

    O termo El niño é de origem espanhola. O nome foi dado por pescadores da costa do peru e Equador, pois na época do Natal a região costuma receber uma corrente marítima de águas quentes. Por aparecer no período natalino, El niño (o menino), Jesus foi homenageado pelos pescadores com nome do fenômeno climático. Posteriormente, o termo popular foi adotado também pelos climatologistas.

Bibliografia

• Livro: Geografia geral o espaço natural e socioeconômico    Autores: Lygia terra, Marcos de Amorim Coelho - Editora: Moderna
• Sua Pesquisa
• El Niño
• Livro:Projeto de Ensino de Geografia    Autores: Demétrio Magnoli e Regina Araújo - Editora: Moderna